sábado, 15 de fevereiro de 2014

Phoenix



Faz um bom tempo que eu não escrevo nada aqui, então eu com certeza estou posso estar um tanto enferrujada.
O motivo mais importante que me fez sumir daqui é a minha felicidade. Chega a ser estranho porque essa tal felicidade deveria ser minha inspiração... Mas eu percebi que a gente, ou pelo menos eu, me inspiro nas minhas próprias desgraças e decepções, e foi por isso que eu criei esse espaço onde eu pudesse desabafar, mesmo sem perceber que o fazia.
Agora, como eu sou a pessoa mais feliz do mundo, não há tristeza que me inspire e faça surgir lindos textos desesperados com palavras soltas que na cabeça de alguém faça sentido... Os outros motivos são outros.
Mas não é correto dizer que essa felicidade não me inspira. Estou desenhando/pintando/criando bem mais ultimamente! Enfim...
Já que eu to culpando “lá felicidad” por tudo, que tal falar um pouco dela?
Bem, minha felicidade é magro, alto... Tem cabelos que chamam minhas mãos a todo o momento, e não da pra resistir. Eu tento, juro que tento! Minha felicidade tem lindos olhos castanhos que buscam os meus, e eu poderia fitá-los por horas se eles não se desviassem tímidos.
Sem contar o sorriso!
Minha felicidade tem muitas manias. Uma delas é olhar pro lado quando ta pensando pra falar. E tem a amável mania de, quando eu tento acordá-lo, me puxar pra debaixo do cobertor, me abraçar e colocar a mão sobre os meus olhos para que eu durma também...
Tem seus defeitos, mas é o que faz da minha felicidade única e perfeita pra mim.
Um dia eu pensei saber o que é o amor, e essa felicidade da qual falo. Pensei já ter sentido aquele frio na barriga quando se tem alguém que não abandona seus pensamentos. Mas a verdade é que eu não conhecia nenhuma dessas coisas até sete meses atrás. Na verdade mesmo, o frio na barriga nem existe! É algo bem melhor e mais difícil de explicar do que borboletas no estomago.
Eu só tenho a agradecer por isso, por esse amor que me invade, que às vezes me faz pensar que vou explodir, porque esse amor é tanto que não cabe em mim.
Eu não me lembro de ter sito tão feliz quanto sou agora. Só peço a Deus que isso dure pra sempre e mais uma eternidade.

Até. 
Camila.


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

E, de repente...

E, de repente, uma vontade de te falar mil coisas bonitas,
uma necessidade enorme de dizer tudo o que sinto
mas não consigo, meu bem.
Teu sorriso me para
teus olhos me fazem perder a calma
Poderia olhar para eles o tempo todo.
Queria que tu pudeste, ao tocar meu rosto,
saber a dimensão do meu amor
que não é pequeno, nem passageiro,
é maior que tudo o que eu já senti.
As vezes penso que não cabe em mim,
parece que vai escorrer pelos meus dedos
mas acaba escorrendo pelos meus olhos.

Até

E invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás.

Salmos 50:15

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Esquecer.

Shamira: E quanto ao receio da morte?
Ablon: Para um soldado, a morte é só o fim da missão.
Shamira: E o que você teme, então, general? Ou são os alados também imunes a toda falha do espírito?
Ablon: Esquecer. Esquecer as coisas pelas quais passei, as lições que aprendi, esquecer aqueles que amo. E, acima de tudo, temo esquecer meus valores, perder minha ideologia e matar minha causa.
-SPOHR, Eduardo. A Batalha do Apocalipse

Para saber que eu tenho completa aversão à morte, basta me conhecer, ou ler o meu texto "Triste Realidade". Bem que eu queria que a vida eterna fosse consolo quanto a esse meu medo, mas não é bem assim. Infelizmente, não sou tão destemida, como Ablon, muito pelo contrário. Mas uma coisa é certa: meu medo de esquecer é maior que muita coisa, inclusive que o meu medo da morte. 
O que somos são as coisas pelas quais passamos. São nossas lembranças que tornam nosso ser o que é, mas no sentido de aprender com o passado, de carregar cada lágrima, cada sorriso, cada perda e cada conquista, sem os deixar pelo caminho, porque isso fará uma diferença enorme na sua essência.
Há coisas que guardo até hoje, coisas tão pequenas e insignificantes aos olhos alheios, mas que para mim carregam um valor enorme: o valor da lembrança, da memória. São bilhetes trocados em salas de aula; cartas de amigos, muitos dos quais ficaram para trás  nessa minha caminhada, por opção própria; flores roubadas em festas, ou ganhadas de alguém importante por motivos simples, estas guardo no meio de um livro, ou da minha bíblia para que sequem e guardem apenas o perfume do passado; diários; roupas de boneca; uma mecha de cabelo, para me lembrar do primeiro corte "radical" que fiz... Coisas simples, mas de valor inestimável. Tudo para lembrar quem um dia eu fui, e quem agora eu sou. 
Minhas ideologias estão nesses objetos, nos gestos, nos afetos. Basta que eu os guarde, acima de tudo, dentro de mim.

Até.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Shadows

"- Quando você vê uma sombra, Sofia, na mesma hora você pensa que alguma coisa deve estar projetando esta sombra. Por exemplo, pode acontecer de você ver a sombra de um animal. Talvez a de um cavalo, mas você não está bem certa. Então você se vira e vê o animal verdadeiro, que, naturalmente, é muito mais bonito e de contornos mais nítidos do que a imprecisa sombra. É por isso que Platão considera todos os fenômenos da natureza meros reflexos das formas eternas, ou ideias. Só que a maioria das pessoas está satisfeita com sua vida em meio a esses reflexos sombreados. Elas acreditam que as sombras são tudo o que existe, e por isso não as vêem como sombras. Com isto, esquecem-se também da imortalidade da alma."

-Trecho do livro "O Mundo de Sofia"

Até